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Obras, Materiais e Equipamentos para a Construção nº 156 |
O setor da construção entrou em 2025 com o “pé direito”.
É inegável o bom momento que o setor vive atualmente, com uma intensa procura em todos os segmentos e com a perspetiva de melhoria de poder de compra das famílias, o que irá, seguramente, fazer crescer as obras de renovação e favorecer a venda
de produtos com maior valor acrescentado.
A escassez de mão-de-obra qualificada e respetivos custos serão, provavelmente, o maior problema com que as empresas se continuarão a defrontar.
Entretanto, outros desafios estão a materializar-se, seja pela via da regulamentação europeia mais recente, nomeadamente as alterações ao Regulamento dos Produtos da Construção e a nova Diretiva relativa à Eficiência Energética, que, nomeadamente, introduzem a obrigação da declaração das emissões de CO2 dos produtos e a sua utilização como critério na seleção e utilização nas obras. Aliás, os requisitos de informação necessários para colocar produtos no mercado vão ser muito alargados e vai ser obrigatória a emissão e registo do chamado Passaporte Digital.
Por outro lado, podemos esperar uma multiplicação de medidas de política dirigidas ao setor da construção e do imobiliário, sejam de carater administrativo e regulatório, sejam do domínio financeiro ou fiscal, motivadas pela crise no acesso à habitação.
O habitual atraso com que os governantes abordam os problemas reais, ligado a um certo sentimento de autossuficiência, reforçado frequentemente por alguma dose de ignorância, pode muito bem vir a determinar pacotes de medidas avulsas, mal desenhadas, contraditórias, perturbadoras e até contraproducentes.
Esperemos que não venha a ser o caso, mas temos que estar preparados.