Obras, Materiais e Equipamentos para a Construção nº 140

jose de matosÉ verdade que em tempos de incerteza, como são aqueles que vivemos, os ativos imobiliários tendem a ser um refúgio seguro para investimentos e poupanças.

Mas se isso é verdade, a situação concreta de passagem de um longo período de juros negativos para um quadro de normalidade no quadro do acesso ao dinheiro poderá ter o efeito contrário.

Não chega contrapor que o absurdo era a taxa de juro negativa, porque as alterações de cenário obrigam sempre a adaptações e a reequacionar as escolhas dos agentes económicos e políticos.

Tudo considerado, como ficamos?

A primeira coisa a ter em consideração é que, não sendo o caso de um “crash”, haverá sempre algum tempo (anos) de transição. O ciclo da construção é longo e, neste momento, a procura ainda é superior à oferta. Mesmo que se venha a verificar uma recessão económica – e isso está muito longe de estar confirmado –, a construção é sempre o último setor a ceder, com um desfasamento da ordem dos dois anos…

Outro aspeto que tem sido muito falado ultimamente é a questão da subida dos custos. O céu não é o limite e o rápido e intenso crescimento dos preços de alguns produtos da construção e da própria energia têm vindo a afetar a execução dos contratos em curso e a pôr em causa um certo número de projetos novos. Mas, se a inflação é um fenómeno que veio para ficar por mais dois ou três anos na nossa sociedade, no capítulo da construção, e excluindo o caso da mão-de-obra, o mais provável é que os preços dos produtos que foram mais afetados iniciem um processo de redução, porventura ainda este ano.

E, claro, entre nós ainda temos a favor os investimentos do PRR e, em especial, os apoios ao investimento na eficiência energética.

Obras, Materiais e Equipamentos para a Construção nº 140

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