Obras, Materiais e Equipamentos para a Construção nº 138

jose de matosCom os preços da energia a aumentar numa escalada sem fim à vista, o tema da eficiência energética dos edifícios e, particularmente, o da pobreza energética adquirem cada vez maior importância.

A verdade é que, independentemente de fatores conjunturais, a aceleração do processo de descarbonização da economia num cenário de clara insuficiência das fontes renováveis (no quadro da tecnologia disponível) conduzirá a um progressivo agravamento dos custos com a produção e distribuição da energia e dará maior ênfase à respetiva poupança.

Os edifícios consomem cerca de 40% da energia em Portugal e, quer se trate de habitação, quer de serviços, as faturas da eletricidade e do gás pesarão cada vez mais nos orçamentos das famílias e das empresas e nas importações do país.

Enfrentar o desafio exige investimento e conhecimento real sobre o estado dos edifícios, as condições efetivas da sua utilização e a disponibilidade financeira dos seus ocupantes. É verdade que temos vindo a assistir a um reforço das exigências regulamentares, a uma maior consciencialização para o problema e mesmo à criação de múltiplos incentivos e apoios, mas a sua eficácia está longe do desejável.

Provavelmente, não bastará acrescentar mais do mesmo e deveremos refletir sobre as razões pelas quais as coisas não estão a funcionar como pretendíamos. Ter soluções distintas para situações diferentes parece ser um caminho a seguir.

O caso dos edifícios em propriedade horizontal, os condomínios, é um dos que enfrenta maiores dificuldades na realização da reabilitação energética. Não será por acaso que as sucessivas medidas de apoio lhes “passam ao lado”.

Pela sua dimensão, é urgente incluir este tema nas prioridades.

obras_138_fevereiro 2022 Obras, Materiais e Equipamentos para a Construção nº 138

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