Boletim Materiais de Construção nº 381

 

Boletim Materiais de Construção nº 381

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editorial

Mais vale prevenir

Desta vez a crise passou-nos à porta mas não entrou. É natural, por isso mesmo, que a autoconfiança esteja em alta no nosso setor.

Até porque, tudo indica, o avanço do processo de vacinação e o anúncio de que o dinheiro da Europa irá chegar já a partir de julho, com apoios a 100%, deverão afastar quaisquer nuvens de preocupação que se poderiam concretizar lá mais para o final do ano com o fim das moratórias.

Nestes dias, parece que tudo se alinha para garantir um ciclo de crescimento que se prolongará, pelo menos, até 2026.

Contudo, como temos vindo a debater, não serão anos fáceis. Os desafios são enormes para o nosso setor, confrontado com uma concorrência avassaladora da grande distribuição e das plataformas eletrónicas, num clima de rápida mudança no mercado da construção e no serviço ao cliente – novos produtos, novos regulamentos, novas tecnologias, mais responsabilidades, mais informação, mais custos logísticos, etc., etc.

Para que o comércio independente de materiais de construção continue a manter uma posição no mercado que outras atividades não conseguiram tem que continuar a ser uma efetiva mais-valia para fabricantes e clientes, isto é, ser capaz de acrescentar e reter valor, dentro de uma “banda” cada vez mais estreita.

É neste contexto que a procura de maior eficiência e eficácia das organizações, num adequado enquadramento estratégico do negócio, se assume como prioridade e a qualidade dos recursos humanos como fator crítico para atingir o sucesso.

A estes tempos de forte procura e de alguma acalmia (mais aparente do que real) nas dinâmicas concorrenciais, vai suceder-se, com o retorno da normalidade e da confiança, uma fortíssima aceleração de mudanças, alavancadas em processos de transformação digital, protagonizada pelos que têm maiores meios e mais têm a lucrar com elas, que certamente não somos nós.

As respostas tendem a chegar tarde, mais pela inércia do que pela capacidade de reação. A forma mais segura de atuar é prepararmo-nos para elas, robustecendo os pontos em que até agora fomos mais fortes (conhecimento, serviço e logística) e minimizando os mais frágeis (as compras, os sistemas de informação e o marketing).

Todas estas áreas fazem sobretudo apelo à qualificação dos recursos humanos, pelo que o investimento nas equipas e na sua formação é, como atrás dissemos, crítica.

Se o setor não conseguir recrutar e manter os melhores, nem reforçar e atualizar continuamente as respetivas competências, não vencerá os desafios que aí vêm!

Não adiem o que não deve, nem pode, ser adiado. A APCMC tem uma vasta oferta de formação profissional comparticipada pelos programas comunitários à disposição dos associados.

Usem-na!

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