Obras, Materiais e Equipamentos para a Construção nº 146

jose de matosOs preços dos materiais de construção deixaram de ser notícia a partir do momento em que se tornou claro que estão, uns mais depressa do que outros, a baixar de forma consistente.

Este movimento de descida, que começou pelo aço há cerca de um ano e que se generalizou depois do verão de 2022, deverá prosseguir, com poucas exceções, ao longo de todo este ano até estabilizar num nível entre 5% a 10% acima do que se encontrava no início de 2020.

Os aumentos salariais, em particular, bem como as taxas de carbono e os investimentos associados à descarbonização produziram aumentos de custos que estão muito além das melhorias de eficiência produtiva e de utilização de recursos que a gestão e a tecnologia, entretanto, permitiram.

O mais importante para o setor da construção não é só o efetivo desagravamento dos custos com materiais, mas, sobretudo, o facto de termos regressado a um cenário de previsibilidade. O risco associado à quantificação do valor envolvido nos projetos diminuiu consideravelmente, podendo até admitir-se que, pelo menos do lado dos materiais, o custo efetivo venha a ser menor no final do que o que havia sido orçamentado.

Isto faz toda a diferença para os promotores e, no caso dos investimentos públicos associados ao PRR, é decisivo, como já vimos pelo que aconteceu ao longo de 2021 e 2022, para garantir a sua execução.

Apesar da subida das taxas de juro, parece-nos que, agora sim, há condições para que muitos projetos venham a avançar.

Obras, Materiais e Equipamentos para a Construção nº 146

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