Revista nº 193 || Eficiência Energética

CAROS COLEGAS,

Talvez possamos dizer que estamos a meio de uma crise de saúde pública sem precedentes na história de vida de cada um de nós.

Esta situação tem implicações diretas na nossa vida, na vida das nossas famílias e na “vida” das nossas empresas.

Já lá vão oito meses de pandemia no nosso país, estamos a atravessar a segunda vaga de contágios, que, com algum otimismo, poderá ser a última antes da solução generalizada para este problema com escala global e consequências ainda pouco evidenciadas.

Já muito tem sido referido que o nosso sector está a passar ao lado desta crise, pois tem sido confirmado pelos agentes dos diversos subsectores da construção que tudo vai bem e com níveis de atividade acima até das previsões que qualquer um de nós terá elaborado.

A procura de habitação continua com níveis que mostram resiliência, a reabilitação não transparece sinais de abrandamento e mesmo as obras públicas, embora com menos expressão, parecem querer contribuir positivamente.

Ora, parece não faltarem razões para manter a esperança na manutenção de um nível de atividade que suporte os projetos de desenvolvimento das nossas organizações. E aqui gostaria de me deter um pouco a refletir com os Ilustres Colegas sobre a necessidade da modernização das nossas empresas.

As cadeias de distribuição nacionais ou multinacionais estão a trabalhar a “todo o vapor”, e sempre o fizeram, para captarem para si o negócio da distribuição de materiais de construção. Investem hoje capital intensivo para desenvolver as melhores ferramentas de venda, as melhores plataformas de comércio, as melhores localizações pelo país fora, o maior poder negocial junto dos fornecedores nacionais e internacionais e as melhores equipas. Investem hoje para continuarem a investir no próximo ano e seguintes, sempre com o objetivo claro de se tornarem na melhor oferta e melhor satisfazerem as necessidades dos clientes do vasto universo do mercado da construção.

Como avaliamos se elas o estão ou não a conseguir? Temos um indicador claro do seu sucesso, a sua quota de mercado, que vai crescendo de ano para ano. O maior operador do mercado, em apenas 15 anos, conquistou 10% do mercado total.

É fundamental para nós, os “Comerciantes Independentes de Materiais de Construção”, adotarmos uma estratégia de modernização constante nas nossas organizações e fazermos face à constante mudança nas preferências e necessidades dos nossos clientes. Lembro apenas que os nossos clientes também são clientes “delas” e se estas estão a ganhar quota de mercado, isso quer dizer que os nossos clientes vão cada vez mais às grandes superfícies de bricolage comprar produtos e serviços concorrentes dos nossos.

É fundamental que as nossas empresas se modernizem, que acompanhem a mudança, que façamos, aliás, evoluir as nossas organizações a um ritmo maior ou pelo menos ao mesmo ritmo que o mercado, caso contrário estamos a tornar-nos irrelevantes nesse mesmo mercado.

É fundamental que nós, o Canal Tradicional de Distribuição de Materiais de Construção, esteja forte, moderno e competitivo. Não seria bom para nós termos um sector frágil à mercê do rápido desenvolvimento da moderna distribuição. Nós queremos ser para os nossos clientes uma distribuição mo derna, próxima e conveniente.

Desejo a todos os Ilustres Colegas saúde e coragem para a nossa missão de modernização deste sector tradicional da economia portuguesa.

Conte com a Associação dos Materiais de Construção para esta longa viagem.

Bons negócios, muita saúde e espirito associativo.

 

Revista nº 193 || Eficiência Energética

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