![]() |
Obras, Materiais e Equipamentos para a Construção nº 160 |
O progressivo e sistemático aumento dos custos da construção, mesmo retirando a inflação dos preços dos terrenos, constitui um gigantesco desafio para toda a fileira, sob pena de, a médio prazo, o preço das obras se tornar insuportável para a maioria dos cidadãos e para os orçamentos públicos.
As causas são diversas e genericamente conhecidas e vão desde a escassez de mão-de-obra, aos preços da energia, passando pelas crescentes exigências regulamentares, nomeadamente no domínio da descarbonização e da sustentabilidade ambiental, as quais não foram acompanhadas por um progresso equivalente nas tecnologias construtivas e na produtividade do setor.
Apesar de todos reconhecermos que as melhorias ambientais são imprescindíveis e incontornáveis, constituindo, inclusive, um fator de preferência para os clientes, temos que encontrar formas de conciliar estes requisitos com economia e isso implica inovação empresarial em produtos e soluções, informação técnica rigorosa e formação prática na implementação em obra.
É mais fácil dizê-lo que executá-lo, sobretudo quando o processo de construção envolve tantos e tão diversos agentes, inclusivamente aqueles que estão nas áreas da investigação, da certificação de produtos, na conceção dos sistemas de informação, no projeto, na promoção, no ensaio e certificação de produtos, ou até no licenciamento, na elaboração dos cadernos de encargos, na fiscalização ou mesmo no financiamento.
É nesta realidade diversa, complexa e multifacetada que pode encaixar a iniciativa governamental do Plano Nacional para os Materiais de Construção.


