Boletim Materiais de Construção nº 384

capa_boletim_384

Boletim Materiais de Construção nº 384

PDF || Versão Completa

Publicações Anteriores

O valor das previsões

É costume dizer-se que previsões valem aquilo que são: previsões.

Mas, sem elas, sentimo-nos perdidos, ansiosos e temerosos. A imprevisibilidade é, quando considerada em termos absolutos, incompatível com a atividade humana em qualquer campo. Os nossos atos pressupõem sempre um resultado esperado ou previsível. De outra forma somos convidados à inação ou ao imobilismo. Quando não sabemos minimamente o que nos espera não somos capazes de agir.

Felizmente, as previsões que desde há alguns anos a esta parte a APCMC tem vindo a fazer sobre a evolução do nosso mercado têm-se revelado acertadas, confirmando a robustez do modelo econométrico que lhes serve de suporte, o que nos dá, a nós e demais agentes da fileira da construção e dos materiais de construção, uma confiança reforçada.

O modelo foi desenvolvido com o apoio financeiro do COMPETE 2020, sendo caso para dizer que foi dinheiro bem gasto e com resultados palpáveis.

Mas as previsões, por mais bem fundamentadas que sejam, padecem de duas grandes fragilidades. A primeira é que têm um horizonte relativamente curto (1 ou, quanto muito, dois anos). A segunda, é que não conseguem incorporar variáveis não estudadas anteriormente, isto é, não resistem perante acontecimentos ou fenómenos extraordinários (pandemia, guerra ou bancarrota), ou mudanças qualitativas de carater disruptivo, sejam elas tecnológicas, de quadro legislativo, regulamentar ou outro.

Estas segundas podem, todavia, ser incorporadas noutro tipo de previsões de médio e longo prazo que são menos sobre volumes de negócios ou taxas de crescimento económico sectorial e muito mais sobre a evolução e caracterização do “ambiente” em que operam as empresas, as oportunidades que podem advir das transformações societais, económicas e tecnológicas que estão a ocorrer, os novos fatores de competitividade ou sobre potencial de novos modelos de negócio em germinação.

Voltando às nossas previsões, aquelas que apesar de tudo são mais fáceis de fazer e, sobretudo, de entender, a última atualização que fizemos aponta para um crescimento real da atividade da construção este ano na casa dos 3%, que deverá manter-se nos próximos dois anos. O crescimento real dos negócios do comércio de materiais de construção andará muito próximo destes números e nalguns subsectores poderá ser mesmo bem superior.

As previsões a médio prazo são bem mais difíceis de equacionar e de percecionar. O investimento pessoal e o das organizações vai ter que ser bem maior e continuado. Há que estar atento e aproveitar todas as oportunidades para recolher informação.

Para perceber melhor o que nos espera no futuro, sugerimos que participem no Seminário imperdível organizado pelo Dr. Johan Stevens, o nosso Presidente da Federação Europeia dos Distribuidores de Produtos Sanitários e Climatização – FEST, realizado em sistema de videoconferência, no próximo dia 23 de setembro, de manhã: “Os Distribuidores no Mundo Pós-Covid”, no qual serão abordados, nomeadamente, “O Comportamento do Consumidor no Pós-Covid”, “O Papel do Distribuidor no Futuro” e “Supply Chain – Globalização versus Localismo”.

A participação de todos é a nossa força!

 

capa_boletim_384

Partilhar:

Outros Destaques