Itecons – O instituto que une a academia à indústria

Artigo JN, 8 maio 2023 (aqui)

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Nascida no seio da Universidade de Coimbra, o Itecons é uma associação sem fins lucrativos que une o conhecimento que se produz dentro e fora das instituições académicas. Apoiar a investigação e desenvolvimento é a sua missão diária e dela resultou nomeadamente o projeto GREENFUTURE sobre coberturas e fachadas verdes.

Em meados da década de 2000, um grupo de investigadores da Universidade de Coimbra desenvolveu uma ideia cujo potencial ia muito para lá das paredes da academia. Assim nasceu o Itecons – Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e Sustentabilidade.

“Os investigadores aperceberam-se que a universidade e o departamento de Engenharia Civil não teriam condições para deixar crescer uma estrutura destas. E, nessa altura, resolveu-se sair, com a colaboração de um conjunto de indústrias”, conta António Tadeu, Presidente da Direção do instituto.

Oficialmente constituída a 11 de janeiro de 2006, esta associação sem fins lucrativos tem mantido intacto o seu grande objetivo: unir forças entre o ensino superior e a indústria. “Fala-se muitas vezes da transferência de conhecimento da universidade e da academia para a indústria, mas também temos muito conhecimento que vem da própria indústria”, afirma António Tadeu. E a missão do Itecons não só é fazer este intercâmbio de conhecimento, como garantir que dele resultam “soluções inovadoras” e “produtos novos” que ajudam as empresas a crescer, explica.

O “Itecons revê-se nessa posição de poder transferir conhecimento sólido para as empresas para as poder capacitar”, reforça João Almeida, Responsável pela Secção de Sustentabilidade do instituto. Para tal, a associação sem fins lucrativos cria projetos que divulgam esse conhecimento e ajudam a “credibilizar estas soluções no mercado”, refere Andreia Cortês, Investigadora do Itecons.

Um desses projetos é o GREENFUTURE, cofinanciado pelo COMPETE 2020 através do FEDER (POCI-01-0246-FEDER-181322), que se destaca na inovação no campo das coberturas e fachadas verdes, do qual resultou uma plataforma que pretende ser “um espaço agregador de informação técnica e científica que venha a ser útil para as pequenas e médias empresas em Portugal”, afirma Andreia Cortês, ou não fosse a transição climática uma das grandes preocupações do setor privado atualmente.

O GREENFUTURE pretende especializar pequenas e médias empresas no design, construção e manutenção de soluções de cobertura e fachadas verdes. Estas soluções servirão para adaptar as cidades às alterações climáticas e para torná-las mais resilientes face aos seus efeitos. Na plataforma do GREENFUTURE “todos os técnicos que estejam envolvidos no mercado das coberturas e das fachadas verdes” poderão encontrar “informação técnica e científica” relevante, incluindo, em breve, “alguns casos de estudo e ferramentas de apoio ao design e à estimativa dos potenciais benefícios associados às soluções”, explica Andreia Cortês.

Através desta e de outras iniciativas, o Itecons quer estar “ao lado das empresas” e “apoiá-las neste processo com melhores argumentos para poderem participar e interferir no mercado global”, garante João Almeida.

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