Mensagem do Presidente da APCMC, Carlos Rosa

Caros Colegas Associados,

A Organização Mundial da Saúde fez a declaração de Pandemia no dia 11/3/2020 como resultado da evolução da Epidemia do Covid-19 que já atingia 114 países e 118 mil infetados.

Em Portugal foi declarado o Estado de Emergência no dia 20/03/2020, dando poderes ao governo para tomar as medidas necessárias a proteger da melhor forma possível o país dos efeitos desta doença altamente contagiosa. Ficámos todos com a sensação de impotência para travar a sua evolução.

O Estado de Emergência em que nos encontramos, e não sabemos quando irá ser decretado o seu fim, tem obviamente consequências, como aliás é o seu objetivo, nas liberdades e garantias dos cidadãos.

Como consequência os efeitos na economia são óbvios, desde logo com a proibição do desenvolvimento de determinadas atividades consideradas não indispensáveis e cujo encerramento facilita o isolamento social muito conveniente à não propagação da doença.

A construção, reabilitação e manutenção dos edifícios ficou na lista das atividades consideradas indispensáveis durante este período de emergência, o que deixou o nosso setor livre de maiores males.

No entanto gostaria de ressalvar que apesar de a nossa atividade ser considerada indispensável e nos ser pedido para manter o seu nível o mais normal possível, até para ajudar a economia no seu todo a proteger-se dos efeitos de uma segunda vaga de dificuldades, agora económica, vamos certamente assistir a uma gradual diminuição de atividade e um também gradual aumento do risco de negócio.

O risco de negócio resulta certamente da combinação de diferentes riscos, como o risco de contágio nas nossas equipas, dos nossos clientes ou fornecedores, risco de crédito, risco de quebra de cadeias de abastecimento, que devem ser avaliados em função de cenários consequentes com a previsão da evolução da situação de saúde pública e situação económica.

Em tempos de incerteza e de dificuldades todos os setores devem ter uma associação forte e de confiança. A APCMC tem o papel de nos fazer chegar informações relevantes quer dos órgãos de soberania quer setoriais que afetam as nossas empresas. Mas também temos o papel de representar os interesses e preocupações dos Associados junto das entidades públicas, que neste caso o temos feito em colaboração estrita com a Confederação do Comercio e Serviços de Portugal.

Como todos sabemos, por trás de uma nuvem negra há sempre um sol radiante, existem sinais positivos da China, onde os casos de contágio interno praticamente desapareceram. Assim esperamos que dentro de semanas possamos assistir a uma evolução semelhante em Portugal e em todo o mundo.

Não posso deixar de enaltecer o espírito de partilha de informação, preocupação e de suporte que por estes dias tem marcado o relacionamento entre colegas e a APCMC através dos vários canais ao dispor dos Senhores Associados.

Juntos e a uma só voz enfrentaremos com êxito todos os obstáculos.

O Presidente da Direção

Carlos Rosa

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