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Obras, Materiais e Equipamentos para a Construção nº 155
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Por estranho que pareça, o maior problema que a fileira da construção irá enfrentar até 2030 será o de conseguir dar resposta às encomendas.
Para além da dinâmica que já existe e que deverá intensificar-se no setor imobiliário privado, há que somar a explosão da promoção pública de habitação, que pretende aumentar a oferta nesse período em 59 mil fogos (entre reabilitados e novos), que acrescem as novas linhas de metro, a alta velocidade na ferrovia, o novo aeroporto de Lisboa e mais hospitais e residências para estudantes e idosos.
E, num prazo ainda mais curto, vamos ter uma avalanche de obras que muitas autarquias quererão completar antes das eleições em outubro de 2025, a coincidir com a pressão, até ao final de 2026, para recuperar os atrasos das obras previstas no PRR.
Entretanto o Portugal2030 irá começar, finalmente, a ser executado e alguns dos investimentos irão envolver trabalhos de construção, quer em infraestruturas, quer em edifícios de natureza industrial e de serviços.
Por último, vamos ter os incentivos previstos nestes programas, para o setor público, empresas e famílias, dirigidos aos objetivos da reabilitação, eficiência energética e descarbonização, que estão ainda, em grande parte, por operacionalizar.
Provavelmente, muitas coisas poderão ser adiadas ou ficar mesmo pelo caminho…
Por outro lado, os custos elevados da mão-de-obra e o aumento de preços das empreitadas funcionarão, provavelmente, como um travão.
Seja como for, num cenário como este, quem melhor se posicionar em termos de capacidade de resposta e eficiência irá tirar o maior partido duma conjuntura que é, sem dúvida, desafiante.