Obras, Materiais e Equipamentos para a Construção nº 134

jose de matosCom as empresas de construção a trabalhar no limite, ou mesmo para além dele, regressa à ordem do dia o problema da escassez de mão-de-obra, sobretudo a mais qualificada. É um problema sem solução a curto prazo e que só poderá mesmo piorar, atentas as restrições à imigração e ao diferencial de remunerações praticadas entre nós e as que são norma no centro e norte da Europa.

Mas esta situação vai tendo, também, cada vez maiores impactos nos custos da construção, muito para além daquele que as recentes subidas de preços dos materiais, que serão temporárias, estão a provocar ao nível da rentabilidade dos trabalhos já contratados e da própria capacidade dos donos para absorverem ou transferirem esses acréscimos para o mercado.

O céu nunca foi o limite, mesmo em períodos de forte crescimento da procura, e os preços finais de qualquer produto ou serviço são sempre balizados pela capacidade de pagar dos clientes. Seja nos edifícios destinados a atividades económicas, seja na habitação, o crescimento dos custos, a que não são também estranhas as crescentes e sucessivas exigências nas áreas da segurança e do desempenho energético, ambiental e outras, ainda que perfeitamente justificadas, têm vido a ultrapassar largamente, em ritmo e em valor, a progressão dos rendimentos.

Sob pena de, num prazo relativamente curto, sermos confrontados com a inviabilidade económica, financeira e social de muitos dos projetos de obras que estão previstos para a próxima década, ou de ter que reduzir drasticamente o seu número, é urgente encontrar caminhos e soluções que tornem a atividade da construção mais eficiente e atrativa.

 

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