Obras, Materiais e Equipamentos para a Construção nº 133

jose de matosOs ventos continuam a soprar à feição para as atividades da construção e, em particular, o segundo semestre do ano adivinha-se algo frenético.

Seja porque uma grande quantidade de projetos de construção nova atingirá a fase de acabamentos, seja porque a retoma da atividade turística irá exigir múltiplas intervenções, seja porque a aproximação de eleições autárquicas obrigará a acelerar obras, tudo se conjuga para que a azáfama seja grande.

Isto para não falar do crescente movimento de reabilitação ou de simples melhoria das habitações pelos particulares, impulsionado pela maior permanência em casa ditada pela pandemia, ou do aumento dos contratos de obras públicas registado desde o início do ano.

A tudo isto somar-se-ão os anunciados apoios à melhoria da eficiência energética dirigidos aosparticulares, consubstanciados em dois avisos que se deverão suceder nos próximos dois meses, no valor de cerca de 30 milhões de euros cada.

O primeiro a sair repetirá, com pequenas alterações, a fórmula do aviso Casa Eficiente que vigorou no final do ano passado, com subsídios para os investimentos realizados na envolvente (janelas eficientes, isolamento de fachadas e coberturas), em energias renováveis (solar térmico, fotovoltaico, etc.), em equipamentos eficientes (bombas de calor, caldeiras, ar condicionado, etc.), em dispositivos com eficiência hídrica certificada (torneiras, chuveiros, autoclismos, etc.) ou em serviços de auditoria energética (certificado energético).

O segundo aviso apoiará o mesmo tipo de investimentos, mas será destinado às famílias com menos rendimentos (os beneficiários da Tarifa Social de Energia), prosseguindo o duplo objetivo da eficiência energética e do combate à pobreza energética, devendo consubstanciar-se na atribuição de um “Vale”, cujo valor, pelo que refere a comunicação social, será de 1.300 euros, a descontar pelo fornecedor na respetiva fatura. Em comentá-rio, parece-nos um valor claramente insuficiente para a maioria dos investimentos elegíveis e que, por isso, deveria ser incrementado ou multiplicado pelas diferentes tipolo-gias de investimento…

Seja como for, estes apoios repetir-se-ão até 2025, no quadro do PRR e, ainda que no contexto geral da atividade da construção possam não pesar assim tanto, constituirão, até pelo efeito de ar-rastamento, um segmento de mer-cado interessante que não deverá ser descurado pelas empresas, que, neste domínio, terão que ser particularmente proativas junto dos potenciais clientes.

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