Boletim Materiais de Construção nº 423

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É urgente tirar partido das ferramentas digitais

A evolução tecnológica, em particular no domínio da digitalização, está a transformar o mundo e a alterar profundamente a vida das pessoas, as profissões e os negócios.

Não é só a Inteligência Artificial, apesar de esta ser a grande novidade e, potencialmente, a ferramenta que deverá vir a ter o maior impacto nos próximos anos. Há já alguns anos que temos vindo a assistir a mudanças muito significativas na economia e nos mercados por via da adoção das TICE.  Hoje em dia, as maiores empresas do mundo e os respetivos modelos de negócio estão maioritariamente ligadas ao digital, tal como as economias que mais cresceram e que têm maiores níveis de produtividade.

Não é por acaso que o desafio da transição digital está entre as primeiras prioridades definidas pela União Europeia.

O setor da construção é aquele que menos tem progredido em termos de produtividade (ainda menos que a agricultura), com consequências muito graves, não só sobre o agravamento dos custos do investimento público em infraestruturas, mas sobretudo no domínio do acesso das famílias à habitação.

Sabemos que a natureza e a economia encontram sempre o seu caminho e este só pode, de uma forma positiva, passar pelo aumento da eficiência dos processos envolvidos (e da produtividade), desde a utilização dos recursos físicos, da energia às pessoas.

Sabemos como o tema está a ser abordado ao nível da indústria (digitalização, descarbonização, reutilização, reciclagem), da construção (construção off-site) e do projeto (BIM). Tudo envolvendo as ferramentas digitais.

E no comércio, como vai ser?

Para começar, deixamos dois desafios:

– Pode a digitalização interna de alguns processos (compras, vendas, marketing, serviço ao cliente, armazenagem, transporte) poupar recursos, evitar erros (e custos) e acrescentar valor ao cliente?

– Pode o comércio prescindir da digitalização num ecossistema cada vez mais digital sem arriscar acabar excluído?

Já agora, convém lembrar que utilizar ferramentas digitais obriga a ter dados digitalizados e interoperáveis. Por acaso, no nosso setor até já temos um Master Data (APCMC Datachek) e um sistema de classificação de dados técnicos (ETIM).

Estamos à espera do quê? De ficar para trás?

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