Passive Houses são diferentes umas das outras e adequam-se a todos

“Passive Voyage” é a viagem que está a levar Linnea e Simone Kreutzer, mãe e filha, por mais de 20 países europeus, e que de 18 a 22 de Maio as trouxe até Portugal. A passagem pelos distritos de Lisboa, Aveiro e Porto levou-as a conhecer alguns exemplos dos mais variados edifícios já certificados em Portugal, bem como de empresas e equipas que acreditam que a Passive House é o futuro.

“Pensamos que ‘diferente’ é bom. É exatamente isso que queremos mostrar. Passives Houses são diferentes umas das outras e adequam-se a todos. O mais importante é a qualidade sustentável de todas estas Passive Houses”, diziam Linnea e Simone, ativistas e especialistas Passive House, na visita que fizeram à Casa de Mindelo, de Márcio Dias.

A Casa de Mindelo é um dos exemplos de uma moradia nova certificada Passive House em Portugal, da qual as suecas Linnea e Simone destacaram “O design simples na sua cor favorita (de Márcio Dias), branca, é flexível e funcional. Ele pensou não apenas sobre como a casa seria melhor para si agora, mas também sobre como a casa poderia ser adaptada às suas necessidades mais tarde. O design, com a sua estrutura clara e muitos espaços de arrumação ocultos, é fácil de manter. Márcio é muito claro sobre a garantia da qualidade e a sua importância, especialmente num país como Portugal, com uma mentalidade que nem sempre é sustentável. A certificação é obrigatória!”

Para além da casa, visitaram ainda a loja da Builders Passive, um escritório renovado que é também um showroom de componentes para Passive Houses.

Esta estadia em Portugal tinha começado em Lisboa e passado já por Aveiro, onde Linnea e Simone estiveram com a equipa da Passivhaus Portugal. Aqui conheceram o escritório renovado Passive House da Homegrid/Passivhaus Portugal e puderam compará-lo com a visita ao escritório do lado, sem qualquer tipo de renovação. A plataforma de monitorização permite ter dados em tempo real não só deste escritório, mas de várias Passive House certificadas.

Com a equipa da Passivhaus Portugal e da Homegrid visitaram ainda a primeira casa turística certificada Passive House, a Cestaria, uma casa de praia na Costa Nova já totalmente reservada para o verão, e a primeira reabilitação Passive House certificada, a Casa da Palmeira.

A noite foi passada na primeira casa certificada Passive House em Portugal, na Rua do Mar, onde João Marcelino, presidente da Passivhaus Portugal, mora há já 11 anos. “O João sabia desde o início que queria construir de forma sustentável e rapidamente encontrou a solução certa para a casa. Depois de regressar da 15ª Conferência Passive House em Innsbruck, decidiu que a nova casa da sua família seria uma Passive House. E esse foi apenas o primeiro passo nos seus esforços de sustentabilidade. Hoje ele encontrou muito mais otimizações nos sistemas de stand-by de energia e redução do uso de água. A terceira coisa que é importante para ele é a comida: alimentos locais e produção própria. O João está confiante de que é possível ser auto-suficiente se viver numa filosofia água- energia-alimentos”, contam-nos Linnea e Simone sobre a sua experiência na Casa do Mar.

Depois de Aveiro, e antes da passagem pela Casa de Mindelo, houve ainda tempo para conhecer a 1’61, uma empresa de janelas termo-acústicas de elevada performance, com foco em janelas em PVC, um novo mundo para Linnea e Simone, como as próprias disseram “Vindas da Suécia, estamos muito familiarizadas com janelas de madeira e janelas de alumínio-madeira. As janelas de PVC são um mundo totalmente novo para nós. Conhecemos a Bárbara Silva, da 1’61 Janelas Termo Acústicas, e a primeira coisa que nos surpreendeu foi perceber que 75-85% do material das suas janelas de PVC é reciclado. Todos os perfis vêm da Alemanha e são certificados Passive House”.

Depois de algum tempo de descanso no Porto, a “Passive Voyage” segue agora para o norte de Espanha. O objetivo desta viagem é dar a conhecer o padrão Passive House, bem como alertar para a necessidade de construir e viver de forma sustentável, reduzindo os consumos de energia dos edifícios e a concentração de CO2, sempre com o mote “Pelo nosso planeta, apanha o comboio, constrói Passive House e muda a tua vida”.

Pode acompanhar a viagem no instagram @passivevoyage.

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