A EUROPA ENTRE O COLAPSO E O RENASCIMENTO
O futuro da Europa é uma equação em aberto, mas a margem para o erro é apertada
1. A continuidade ou as rupturas necessárias
No início deste século, um analista perspicaz e pouco ortodoxo da história europeia contemporânea como era Medeiros Ferreira escrevia, contra a corrente do pensamento dominante de então, que a Europa se parecia com o Império Austro-Húngaro dos começos do século XX, que, como sabemos, viria a desaparecer, em definitivo, com a I Guerra Mundial. Passaram, desde então, mais de duas décadas e que nos diria agora o autor do texto referido? Não sabemos. Mas, há pouco mais de meio ano, fomos sacudidos pelo Relatório “Draghi”, de que já aqui falámos no último número deste Boletim, e que, sem antecipar o pior, nos fez um diagnóstico impiedoso sobre o estado da Europa da U.E. no confronto com as grandes economias mundiais (os E.U.A. e a China), e nos veio dizer que é preciso fazer uma mudança profunda nas políticas económicas europeias. Mudança nas regras e na sua governação, mas, também, mudança no modelo económico europeu.
Boletim completo Nova dinamica#22
