Comunicado CCP constituição novo Governo

CCP realça importância da Concertação Social para a ação do novo Governo e critica ausência de secretaria de Estado do Comércio e Serviços

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), na sequência da tomada de posse do XXIV Governo Constitucional, considera que para o cumprimento da sua missão, visando o crescimento económico e o aumento da competitividade e em especial no quadro da União Europeia, o governo deverá valorizar a Concertação Social como palco para o indispensável consenso na adoção de medidas transformadoras e reformistas para o país.

De acordo com o presidente da CCP, João Vieira Lopes: “Existem as condições de partida para uma legislatura em que seja reforçado o papel dos parceiros sociais em sede de concertação social, como contributo para a estabilidade indispensável ao país, visando o crescimento económico e o aumento do rendimento das famílias”.

Nessa linha, a CCP defende que exista um alargamento da discussão no âmbito da CPCS, para que seja possível definir um conjunto de matérias-chave com efetivo impacto na competitividade, como a política de remunerações, a fiscalidade e os incentivos ao investimento.

Só assim, entende o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, “A Economia portuguesa conseguirá ultrapassar claramente o nível de crescimento anémico que se tem verificado ao longo deste século XXI”. “Para isso”, acrescenta, “o Ministério da Economia deverá assumir um papel de interlocutor chave junto das empresas privadas, sem as quais não será possível assegurar o desejado crescimento económico, quer ao nível do mercado interno, quer na exportação de bens e serviços”.

Como nota negativa, face à situação historicamente inédita da não inclusão do Comércio e Serviços na lista das secretarias de Estado, o presidente da CCP considera que se trata de um retrocesso e de um sinal político negativo para os setores que contribuem com mais de dois terços para o PIB, o VAB e o emprego, na Economia nacional.

De acordo com João Vieira Lopes: “Mais de dois terços da riqueza criada e do emprego em Portugal advém do comércio e serviços, como muito recentemente concluiu um estudo independente do Prof. Augusto Mateus. Esperamos que esta exclusão Esperamos que esta exclusão na nomenclatura das pastas venha a ser, na prática, compensada pelo reconhecimento efetivo da importância destes setores por parte do Ministério da Economia”. Nesse sentido, e na ausência de um secretário de Estado do Comércio e Serviços, a CCP irá desde já solicitar uma reunião ao ministro da Economia, Pedro Reis.

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