Colóquio Casa Decor

A Geberit reuniu no dia 27 de abril, às 12h00 da manhã, no Auditório da Casa Decor, três decoradores de interiores especialistas em design de decoração de interiores para debater sobre a inspiração e o design na decoração de interiores.

  • Participaram Miguel Muñoz do Estudio Miguel Muñoz, criador do espaço «Magnum Lignum» para a Geberit, Fabián Ñíguez de Fabián Ñíguez Studio, designer e decorador de interiores e Virginia Sánchez de VS Interiorismo, é matemática e decoradora de interiores e moderadora do debate.
  • No colóquio, trataram-se temas como qual é a contribuição do decorador de interiores quanto à inspiração, design e soluções para o espaço da casa de banho e a eficiência tanto em materiais como na sustentabilidade na casa de banho.

O debate começou com umas breves exposições de cada um dos participantes, começando por Virginia Sánchez que abriu o debate com a célebre frase de Picasso «a inspiração tem de encontrar-se trabalhando». Miguel Muñoz de Miguel Muñoz Estudio, contou a sua experiência no mundo da decoração de interiores. «Sou uma pessoa que me inspiro em qualquer coisa, mas quando faço um projeto para um cliente que não é Casa Decor, recorro a fontes para encontrar, também, materiais a utilizar.» No seu projeto «Magnum Lignum» para a Geberit, inspirou-se na «experiência dos materiais» como a nogueira americana. A seguir, Fabián Ñíguez de Fabián Ñíguez Studio, mostrou-se de acordo em que se inspira em qualquer sítio, mas sobretudo «nas viagens». Destacou que, como decorador de interiores, é preciso fazer um trabalho pedagógico com os clientes e reconduzi-los para encontrarem a inspiração juntos. Virginia Sánchez confessou que nestes momentos se inspira nas cores aludindo à sinestesia.

Quanto ao projeto e à metodologia a realizar, Miguel Muñoz apontou, a primeira coisa a ter em conta são as limitações do espaço, a localização dos elementos e a luz natural. A dificuldade está quando o cliente não sabe o que quer. Por isso, é muito importante conhecê-lo muito bem e adaptar-se. O trabalho prévio de investigação sobre o cliente é primordial porque este é mutável e temos de nos colocar no seu lugar para criar confiança. Para Fabián Ñíguez, «é necessário tentar ser o mais metódico possível, parto do «Propõe e não impõe».

E o design? «É uma palavra à qual sempre falta um adjetivo atrás» matizou Virginia Sánchez. Como se trabalha o design com a funcionalidade, materiais e sustentabilidade? Podem fundir-se as três perfeitamente. A Casa Decor é um exemplo de sustentabilidade. Materiais nobres complementados com argamassas estão presentes em muitos espaços. «Para começar, um design tem de ser funcional», acrescentou Miguel Muñoz. E Fabián Ñíguez enfatizou na recuperação, «se recuperares tradição, recuperas elementos e realças, é design reutilizável». Aproveitou para defender, «o km 0», apostar no talento local e no artesanato.

Por último, há tendências? Ou é cíclico? Para Miguel Muñoz, efetivamente há tendências, «qualquer projeto com qualidade, pode ser tendência». A melhor tendência é a tendência no projeto. «Não acredito nas tendências, mas sim em paradigmas», afirma Fabián Ñíguez. Virginia Sánchez, sem hesitar, vincula as tendências a circunstâncias que mandam, como acontece nestes momentos com o apogeu do artesanato e da naturalidade.

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